segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Adoção Homoparental

              As crianças são seres frágeis e que precisam de muito apoio e de uma boa educação a fim de se tornarem cidadãos. Aquelas que por alguma razão tiveram a infelicidade de não ter alguém que as amasse, encontram-se em orfanatos, onde por mais exemplar que seja o trabalho dos auxiliares, em nada se compara ao suporte que uma família coesa lhes proporcionaria estabilidade. Muitos são os casais do mesmo sexo que procuram a última peça dos seus puzzles, uma vida, um ser, que em tudo bastava para a realização de um ideal. A adopção homoparental não soluciona apenas o dilema dos casais homossexuais mas também a angústia constante em que vivem aqueles que se encontram na montra na expectativa de um consolo.
                O 6º princípio da declaração dos direitos das crianças reclama que as mesmas devem crescer num ambiente de amor, segurança e compreensão, e os casais do mesmo sexo têm a possibilidade de lhes oferecer semelhante. Ainda que alguns pensem que tal não é verdade, a ideia destes cai por terra face a exemplos semelhantes aos de Steven and Roger Ham, um casal gay que criou de forma digna 12 crianças adoptadas, como se tal não bastasse pode-se ainda pôr em causa qual a capacidade superior que um casal heterossexual tem, face aos casais homossexuais, para amar e instruir uma criança, pois sendo ambos os casais inexperientes terão que ultrapassar as mesmas dificuldades que acarreta a responsabilidade de se ter um filho. Outros afirmam a necessidade da presença de um pai e de uma mãe no desenvolvimento de uma criança opondo-se deste modo à adopção homoparental. Para estes servem-se-lhes de exemplo os milhares de pais e mães que criaram sozinhos os seus filhos, e onde a ausência destas figuras não foi tão crucial como alguns tentam mostrar, e se a presença de uma pessoa de cada sexo é assim tão importante, um tio, uma tia, um amigo ou uma amiga, que seja mais chegada, pode preencher esse espaço. A discriminação e consequente sofrimento que as crianças adoptadas por casais homossexuais podem eventualmente ser alvo, é  razão suficiente para alguns, mas estes esquecem-se que quem os crítica são filhos de pais heterossexuais, pois como diz o adágio “Quem tem tectos de vidro não atira pedras ao vizinho” assim sendo este contra argumento transforma-se facilmente num argumento, porque se os filhos dos heterossexuais têm este comportamento então é porque a educação que lhes é facultada em casa não é minimamente moral, e se assim o é então a teoria de que os casais homossexuais são menos capazes fica cada vez mais exígua. Por último existem os que pensam que uma criança quando criada num seio homossexual será obrigatoriamente homossexual, primeiro a homossexualidade não é nenhuma doença, nem algo semelhante, e  caso esta regra se verificasse então todas as crianças criadas por casais heterossexuais seriam todas heterossexuais e tal não se verifica, pois isto implicaria a não existência da homossexualidade. Resta ainda dizer que a orientação sexual não é deliberada e factores como a educação ou pais em nada influenciarão a orientação de um ser, caso contrário o mesmo não se verificaria no resto da fauna.
               Em jeito de conclusão, a adopção homoparental deveria ser vista por outros olhos pelo que foi apresentado atrás, e se tal continua a ser algo difícil de interiorizar para alguns, para esses fica a questão, preferiam dizer que têm duas mães ou pais ou ter que ficar com os espaços dos questionários sobre a família em branco?

sábado, 16 de julho de 2011

Homem

      Nem todos os seres humanos do sexo masculino o são, ainda que o pensem, ser Homem não é de todo, um dado adquirido. Não é a barba, o falar grave nem muito menos o par de cromossomas X,Y que fazem de alguém um Homem.
     Homem é muito mais, ainda que muitos não o considerem como verdade, o Homem chora, sente e é sensível! nenhuma destas características impossibilita um humano de ser Homem, bem pelo contrário. É triste ver como todos aqueles que se assumem como Homens, não o sejam, isto porque a definição de Homem continua a ser para muitos alguém frio, dominante e se possível com um grande reportório de namoros infiéis , na tentativa de obter a maior quantidade de prazer.
     As definições estão distorcidas levando a que sejam considerados Homens, aqueles que não o sejam e vice-versa, talvez porque desta forma a quantidade de homens seja muito mais superior!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Camões

             A sociedade de hoje em dia é uma sociedade hipócrita e ingrata, que vive em constante sofrimento, por egoísmo. Tal situação leva a que este estado se alastre, transformando-se mesmo numa espécie de praga que não poupa ninguém, atingindo mesmo aqueles que nem os olhos abriram pela primeira vez.
            Os estudantes passam o dia a queixarem-se da vida miserável que com muito sofrimento, coitados, levam, não dando o devido valor a todos aqueles que os ajudaram, e Camões é um desses. Acusam-no de lhes assaltar o pensamento, julgavam-se mais felizes na ignorância. Camões, ilustre escritor português, deixou-nos a sua maior riqueza e em troca foi desprezado, ignorado, ridicularizado, tudo pelo cansaço que agora passou a ser inato.
            Penso que a praga se perpetuará ao longo dos anos, e o que em tempos fora uma obra-prima, hoje é utilizado como sustento de dores de cabeça e horas de sofrimento. O gosto e a curiosidade não estão mais ligados à leitura pois quem lê por gosto é alvo de chacota, levando ao extermínio deste acto.